Assédio Moral e os efeitos na sua saúde

PAPO CERTO convidou para uma conversa o Dr. Paulo Dias, Advogado especialista em Direito Trabalhista.

As perguntas foram mantidas no formato e com a mesma grafia que foram feitas pelos telespectadores.

Entrevistadora:

– Dr Paulo. Quais são os reflexos do assédio moral na saúde do trabalhador?

Dr. Paulo Dias:

Os reflexos da saúde do trabalhador, eles começam desde situações simples que é o desconforto, ou seja, essas situações reiteradas e repetitivas, que visa o constrangimento do trabalhador, elas vão se instalando na condição psíquica do trabalhador, iniciando com desconfortos. E esse desconforto ele vai trazer uma situação em que o trabalhador perde o interesse em continuar trabalhando na organização. Começa a atrapalhar a rotina do trabalhador, começa a interferir demais na produtividade desse trabalhador e o trabalhador começa a ter ansiedade.

O que começa com pequenas crises de ansiedade, porque a ansiedade é um sentimento que as pessoas têm de um medo que ela não consegue identificar muito bem o que é.  Medo de perder o emprego é uma realidade hoje triste, mas que ela acompanha maior parte dos trabalhadores, isso para aqueles que tem emprego. E quem dirá para aqueles que não têm emprego? De crises de ansiedade se evolui para depressão e os processos depressivos ou os transtornos de ansiedade que são exacerbações da ansiedade, elas começam a afetar demais a estrutura psíquica do trabalhador e esse trabalhador começa a ter problemas orgânicos somáticos, a pessoa começa a ter problemas digestivos, que evolui para uma gastrite, para uma úlcera. Isso é muito comum as pessoas saberem. Ter problemas com a imunidade, palpitações no coração, ou seja, o coração quando está no nível de stress, essa pessoa ela começa a ter os seus batimentos cardíacos são aumentados e com a frequência da convivência em um ambiente hostil essa pessoa acaba tendo problemas cardiológicos. Aí vem problemas miccionais, inclusive problemas miccionais, abrindo um pouquinho o exemplo, existem muitas empresas que restringem, a ida do funcionário ao banheiro.

Isso existe muito, o índice de isso que acontece, infelizmente é alto. Imagina um trabalhador que é privado de ir ao banheiro ou que na verdade tem um número reduzido de minutos. Olha, tu tem tantos minutos e muitas vezes a fisiologia ela não nos diz quanto tempo nós vamos ficaram no sanitário.

Então isso acaba desestruturando toda a saúde física e mental do trabalhador. Isso sem falar nas questões de origem sexual, as disfunções sexuais e os casamentos e as famílias que têm, em muitos casos a sua relação desmantelada.

Dias e Paim Advogados

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